Texto: Guilherme Henri
Com o aumento dos crimes digitais devido às novas tecnologias, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul lançou uma campanha especial voltada à conscientização sobre os principais golpes praticados na internet e como evitá-los.
Conforme o então coordenador do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos do Consumidor e das demais Matérias Cíveis Residuais (Nuccon), defensor público Carlos Eduardo Oliveira, o objetivo é prevenir que as pessoas sejam vítimas de fraudes virtuais cada vez mais sofisticadas.
“É um dos deveres da Defensoria garantir não somente o acesso à Justiça, mas também à informação qualificada que pode proteger direitos antes mesmo de serem violados”, afirma o defensor.
Golpes sofisticados
A campanha, segundo o defensor, detalha seis tipos de golpes virtuais sofisticados mais praticados na atualidade.
Phishing – Envio de e-mails ou mensagens falsas que imitam instituições conhecidas para enganar usuários e obter dados pessoais.
Exemplo: e-mail falso da Receita Federal solicitando acesso à conta GOV.BR .
Vishing – Golpes por ligação telefônica, com golpistas se passando por representantes de bancos ou suporte técnico.
Exemplo: chamada informando movimentações suspeitas na conta da vítima.
Smishing – Envio de mensagens de texto com links fraudulentos ou falsas promessas de prêmios.
Exemplo: SMS com link para resgatar “prêmio”, que instala vírus no celular.
Compra em site falso – Lojas virtuais falsas que vendem produtos a preços baixos e nunca entregam a mercadoria.
Exemplo: site com domínio estranho, ausência de CNPJ ou contato.
Anúncios falsos em plataformas confiáveis – Produtos inexistentes anunciados em marketplaces, com cobrança via transferência direta.
Exemplo: anúncio no OLX no qual o golpista evita o uso da plataforma para concluir a venda.
Boleto falso – Envio ou geração de boletos adulterados, desviando o pagamento para contas de golpistas.
Exemplo: fatura falsa de energia obtida fora do canal oficial da concessionária.
Fique esperto!
Além de explicar os mecanismos usados pelos criminosos, o defensor detalha uma série de recomendações práticas para evitar cair nesses golpes:
Pesquisar sobre a loja e consultar avaliações de outros clientes.
Preferir plataformas conhecidas e seguras.
Desconfiar de preços muito baixos ou pedidos de pagamento por fora das plataformas.
Verificar o endereço do site (deve começar com “https://” e ter o cadeado).
Conferir se há informações como CNPJ, telefone e endereço físico.
Nunca fornecer dados pessoais por telefone ou mensagens.
Evitar clicar em links desconhecidos ou suspeitos.
Defensor público, Carlos Eduardo Oliveira (Foto: Arquivo/ DPEMS)