Texto e fotos: Danielle Valentim
O Núcleo de Atenção à Saúde (NAS) da Defensoria Pública de MS, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), realizou uma capacitação para servidoras e servidores sobre arboviroses, nessa sexta-feira (8).
As arboviroses são as doenças transmitidas por insetos. No Brasil, existem mais de 200 espécies de arbovírus, sendo que cerca de 36 conseguem causar doenças em seres humanos. Dentre estes podemos destacar os vírus causadores da dengue, zika, febre amarela e chikungunya, transmitidos principalmente pelo mosquito Aedes aegypti.
Por se tratarem de doenças transmissíveis por vetores, em especial o Aedes aegypti, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos transmissores. Combater o mosquito Aedes Aegypti é uma tarefa séria que deve ser realizada todos os dias.
A coordenadora do NAS, defensora pública Eni Diniz, pontuou a necessidade de se atentar aos detalhes e ao controle mecânico, ou seja, a limpeza manual em todos os lugares.
“Às vezes a gente acha que está tudo certo no quintal, e não está. Sempre tem alguma coisa que podemos fazer para evitar o mosquito. Essas doenças vêm trazendo uma situação muito difícil, principalmente na área de saúde com relação a leitos hospitalares, e a gente ainda nem chegou ao pico. É muito importante a Defensoria garantir que existam replicadores de informações, vez que tanto a cidade de Campo Grande como outras do interior do Estado já se noticia a ocorrência iminente de epidemia de dengue e chikungunya com graves impactos à saúde da população e do sistema de saúde pública”, pontua a coordenadora.
A palestra foi ministrada pelo servidor da Sesau, Marcos Luiz de Oliveira, da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais. A capacitação integra o Programa Integrado Intersetorial de Colaboradores Voluntários nas Ações de Combate às Arboviroses, uma atuação coordenada com o Comitê Municipal de Enfrentamento aos Vetores Transmissores de Arboviroses.
“A única forma de evitar a doença é evitar o mosquito. Se uma vez na semana tivermos um olhar podemos evitar o vetor. A receita é simples, se não temos criadouros não temos mosquitos. Temos bairros em alerta para os casos de dengue, chikungunya e zika. Em Corumbá tivemos muitos turistas no carnaval. Outro problema é a recente epidemia de chikungunya no Paraguai com 44 mil casos e 56 óbitos, então precisamos prevenir”, pontou.
Participaram servidoras e servidores dos núcleos da Defensoria, da Defensoria-Geral, manutenção e trabalhadores terceirizados vinculados ao Conselho da Comunidade.