Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de MS realizou uma ação no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, em alusão ao Dia Internacional de Combate à Homofobia, celebrado no dia 17 de maio.
O coordenador do Núcleo de Direitos Humanos (Nudedh), defensor público Matheus Sutana, falou sobre um dos temas de grande importância, abordado na roda de conversa: o direito ao nome social.
"Em parceria com o Núcleo de Sistema Penitenciário, apresentamos um panfleto informativo com várias normativas previstas, inclusive, em resoluções internas da Agepen, com a proposta de capacitá-las e informá-las sobre os direitos que existem já normatizados", pontua o coordenador.
Para o coordenador do Núcleo do Sistema Penitenciário (Nuspen), defensor público Cahuê Duarte e Urdiales, “o reconhecimento de gênero é uma das formas de humanizar a custódia de pessoas LGBTQIA+”.
Para as travestis, mulheres transexuais e homens trans, o uso do nome social é muito importante como forma de identificação, pois promove cidadania e respeito à pessoa em todas as questões sociais, evita constrangimento e contribui com a redução de problemas psicológicos.
"Até meu comportamento, até meu jeito de ser. Antes era estourado, hoje não, hoje converso, procuro resolver conversando. Uma coisa que eu sempre quis, mas não sabia que tinha essa direito, descobri aqui dentro. Pra mim foi bacana, me sinto bem", diz um dos internos, que se descobriu homens trans.
Segundo levantamento da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a população LGBT+ nas Unidades Penais do Estado é de 408 pessoas.
O encontro realizado em Campo Grande foi tema de uma reportagem produzida pela TV Morena.
Confira aqui.