O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes - lembrado no dia 18 de maio - foi marcado por palestras e alertas à população pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul.
Em Campo Grande, a coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca), a defensora pública de segunda instância Marisa Nunes dos Santos, participou de audiência pública na Câmara de Vereadores onde destacou a importância de interpretar os sinais do abuso.
“Todos somos responsáveis pela defesa e garantia dos direitos das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Temos que ter o olhar alerta, o olhar de cuidado e ficarmos atentos aos sinais que podem indicar que a criança ou adolescente está sendo vítima de violência sexual”, disse a defensora pública ao lembrar alguns sinais sendo eles: tristeza profunda; ansiedade exagerada; agressividade; brincadeiras ou jogos sexualizados; comportamento autodestrutivos/ ideação suicida; marcas e hematomas pelo corpo; insônia e pesadelos.
Além disso, Marisa enfatizou a importância da denúncia por parte da população. “Detectado a suspeita de abuso ou violência sexual, é importante e necessário procurar uma das instituições que integram a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente de sua cidade como, por exemplo, a Defensoria Pública (em Campo Grande pelo Núcleo da Infância), os Conselhos Tutelares, as Delegacias de Proteção à Criança e ao adolescente, Ministério Público, Juízo da Infância ou o Disque 100”.
Já no interior, o dia de combate foi lembrado com a palestra “Violência e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes: um problema a ser enfrentado por todos” ministrada pelo defensor público Vagner Fabricio Vieira Flausino, em Deodápolis.
O evento contou com a participação de aproximadamente 70 servidores públicos que lidam direta e indiretamente com crianças e adolescentes todos os dias como conselheiros tutelares, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, agentes de saúde, policiais militares, coordenadores e diretores de escolas, além de membros dos Centros Especializados de Referência a Assistência Social.
Conforme o defensor público, o objetivo da palestra foi o de “formar replicadores das informações apresentadas sobre a violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes ampliando, assim, o leque de alcance da proteção às crianças e adolescentes que participam dos espaços públicos oferecidos pelo Estado e município”.