
Evento aconteceu no plenário da Câmara Municipal em Bonito (Foto: DPMS)
Texto: Guilherme Henri
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou uma ação institucional voltada ao fortalecimento da educação em direitos e à promoção do diálogo intercultural em Bonito.
O plenário da Câmara Municipal recebeu a pesquisadora, escritora e doutora em Ciências Humanas Geni Núñez para a palestra “Reflorestamento do Imaginário”, atividade que reuniu mais de 100 participantes, entre estudantes, profissionais, representantes de instituições e moradores da região.
A iniciativa integrou a agenda da Defensoria voltada à ampliação do acesso ao conhecimento e à valorização de saberes diversos, em especial aqueles oriundos de povos indígenas.
O evento contou com a organização conjunta da Escola Superior da Defensoria Pública e o apoio do Clube de Leitura de Bonito.
A defensora pública colaboradora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica (Nupiir), organizadora do encontro, Thaís Roque Sagin Lazzaroto, ressaltou a importância da iniciativa para o cumprimento da missão constitucional da Defensoria.
“A presença da pesquisadora Geni em Bonito representou um convite coletivo para revisarmos nossas formas de relação com a terra, com as pessoas e conosco mesmos. A Defensoria Pública tem o compromisso de abrir espaço para vozes historicamente silenciadas, como as dos povos indígenas, e esta atividade demonstrou que a transformação se inicia quando promovemos a escuta qualificada e o reconhecimento desses saberes. Fortalecemos, assim, nosso empenho institucional em reflorestar o imaginário coletivo e promover ambientes mais sensíveis e atentos às diversidades”, afirmou.
O evento contou com a organização conjunta da Escola Superior da Defensoria Pública e o apoio do Clube de Leitura de Bonito (Foto: DPMS)
Ação institucional
Durante a palestra, Geni Núñez apresentou reflexões sobre monoculturas do pensamento, os efeitos de lógicas binárias nas relações sociais e os impactos da colonização nas estruturas jurídicas, educacionais e comunitárias.
A pesquisadora também introduziu conceitos da língua e da cosmologia guarani, conectando saberes ancestrais ao debate contemporâneo sobre cuidado, saúde, meio ambiente e convivência.
Ao agradecer a iniciativa da Defensoria, Geni ressaltou a relevância do encontro.
“Agradeço pelo convite e pela acolhida. Fico muito feliz por compartilhar conhecimentos sobre saúde, cuidado, meio ambiente e relações. Estes espaços demonstram que a construção coletiva é possível e necessária”.

