Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul participou, no dia 4 de junho, de uma reunião do Projeto Acolhida. A expansão dos trabalhos para a cidade de Dourados e o atendimento a vítimas indiretas de latrocínio, e não apenas homicídio, como inicialmente idealizado, foram parte do debate.
A instituição foi representada pelo assessor para assuntos institucionais, defensor público Mateus Sutana.
“Na Defensoria, o Núcleo Criminal é o ponto focal do projeto Acolhida. Sempre que chegam demandas, é o Nucrim quem faz a distribuição às defensoras e defensores. A expansão do projeto para Dourados é um grande passo para que a chamada vítima indireta, familiares em geral, seja assistida da melhor forma”, pontua o assessor para assuntos institucionais.
Sobre o Projeto
A Defensoria Pública de MS integra o projeto desde junho de 2021, por meio de um Termo de Cooperação Técnica com o Ministério Público de MS, e participa de reuniões, oficinas e seminários.
Quando ocorre um crime, a situação impacta profundamente o ser humano, não só fisicamente, mas também financeira e mentalmente. As instituições atuam de maneira compartimentada, não havendo uma visão integrada das consequências do crime.
Os familiares, por vezes, são esquecidos ou até mesmo revitimizados nos atendimentos recebidos, relegados a lidarem com traumas e problemas ocasionados em virtude do crime.
Assim, foi desenvolvido o "Projeto Acolhida", no âmbito do Ministério Público do Estado, para promover o acolhimento e o acompanhamento periódico para essas famílias de vítimas, inicialmente, de homicídio e feminicídio consumados, na Capital, com previsão de extensão a outros crimes e a outras cidades do estado.
Por meio de articulação interinstitucional entre o MPMS, Defensoria de MS, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul; Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul; e Defensoria Pública da União busca-se, o estabelecimento de um fluxo de acolhida e acompanhamento desses familiares, auxiliando-os tanto na seara judicial (criminal, cível, previdenciária, etc.), quanto assistencial, psicossocial, educacional e demais que forem necessárias.