A publicação da cartilha foi elaborada pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades no MS (Foto: DPE/MS)
Texto: Guilherme Henri
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul participou do lançamento da cartilha “Cuidando com Respeito — Gestação de Homens Trans e Transmasculines”.
Resumo da notícia feito com Inteligência Artificial (IA), editado por humano: A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul participou do lançamento da cartilha “Cuidando com Respeito — Gestação de Homens Trans e Transmasculines”, elaborada pelo Ibrat-MS com apoio da instituição. O material, fruto de um simpósio promovido pela Defensoria, reúne orientações sobre saúde e acolhimento durante a gestação de homens trans, com foco em linguagem inclusiva, respeito ao nome social e enfrentamento das barreiras impostas pela estrutura binária dos serviços públicos.
A instituição foi representada pela diretora da Escola Superior, defensora pública Debora Maria de Souza Paulino.
Conforme a diretora, a publicação da cartilha foi elaborada pelo Instituto Brasileiro de Transmasculinidades no MS (Ibrat-MS) com apoio de instituições parceiras.
“A cartilha é de grande relevância, pois é fruto de um evento realizado pela Defensoria e representa um instrumento necessário à melhoria do atendimento, em um momento tão singular que é a gestação, o parto e o puerpério”, destaca a diretora.
Cartilha
A cartilha foi idealizada a partir de debates ocorridos em um simpósio promovido pela própria Defensoria em 2023, quando o Ibrat-MS trouxe ao Estado o pesquisador Dan Caio Lemos, autor de estudo comparativo sobre gestação de homens trans no Brasil e no Canadá.
O conteúdo foi construído com a colaboração de profissionais trans da área da saúde e aborda, de forma didática, temas como transexualidade, transmasculinidade, possibilidade de gestação e cuidados durante o pré-natal, parto e puerpério.
Além das orientações sobre cuidados em saúde, o material também oferece recomendações para profissionais da área, com foco em escuta qualificada, uso de linguagem inclusiva, respeito ao nome social e adequação de protocolos de atendimento.
Um dos pontos abordados é a dificuldade de acesso a serviços de saúde enfrentada por homens trans em razão da estrutura binária dos sistemas públicos, como a impossibilidade de realização de exames quando há divergência entre o nome social e o sexo registrado.