O defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini, lamentou profundamente a morte da defensora e prestou suas homenagens (Foto: DPE/MS)
Texto: Guilherme Henri
A Administração Superior da Defensoria Pública de MS, familiares e amigos se despediram da defensora pública Gláucia Silva Leite no início da tarde desta sexta-feira (13).
O velório e sepultamento aconteceram no cemitério Jardim das Palmeiras, localizado na Avenida Tamandaré, 6934, Jardim Seminário, em Campo Grande.
Diretamente da 92ª Reunião do Condege, que é realizada em Recife (PE), o defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini, lamentou profundamente a morte da defensora e prestou suas homenagens.
“Mais do que uma defensora pública, Gláucia foi uma intelectual inquieta e escritora de ideias transformadoras, em que a vida foi inteiramente dedicada à busca pela equidade e dignidade. Seu legado permanece vivo nas transformações que inspirou e nas vidas que tocou”, disse o defensor-geral.
Um legado na defesa dos mais vulneráveis
A trajetória da defensora pública foi marcada por uma incansável dedicação à defesa dos direitos humanos, à promoção da Justiça social e ao fortalecimento da advocacia pública no Brasil.
Formada em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 1985, Gláucia construiu uma carreira pautada pelo rigor técnico e pelo compromisso com a transformação social. Especializou-se em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Estácio de Sá em 1996 e concluiu seu mestrado em Direito pela Universidade de Marília (UNIMAR) em 2013, com estudos que exploraram o cooperativismo como ferramenta para redução das desigualdades sociais.
Em 2024, Gláucia retornou à Defensoria Pública de MS. Sua atuação se destacou pela capacidade de mediar conflitos e promover a cultura da paz, sempre priorizando soluções que colocassem as pessoas no centro das políticas públicas.
Além de sua atuação na Defensoria Pública de MS, Gláucia foi professora em cursos de Direito, contribuindo para a formação de novos juristas, e membro ativo de diversas instituições, como a Comissão da Criança e do Adolescente e da Mulher Advogada da OAB/MS, e a Academia Brasileira de Direito Civil.
A sua contribuição intelectual foi amplamente reconhecida, com publicações em revistas jurídicas de relevância nacional e internacional, como as do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito (CONPEDI). Sua obra principal, O Cooperativismo como Instrumento Constitucional para a Redução das Desigualdades Sociais no Brasil, se tornou uma referência na área.