Coordenadora do Nudem, Zeliana Sabala, representou da DPGE/MS na premiação, no Maranhão.
Texto: Vitor Ilis
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul foi premiada com o Selo Esperança Garcia na categoria “Inovação em Políticas Antirracistas”, uma honraria concedida pelo Conselho Nacional de Ouvidorias de Defensorias Públicas (CNODP) durante cerimônia realizada, nesta quarta-feira (13), em São Luís, Maranhão.
O prêmio celebra iniciativas de promoção da igualdade racial nas Defensorias Públicas do Brasil e foi entregue à coordenadora do Núcleo de Defesa das Mulheres (Nudem), defensora pública de segunda instância Zeliana Sabala, que representou a instituição no evento.
O projeto premiado, desenvolvido pela Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e Discriminação no Ambiente de Trabalho (Copead), implementado em 2020, já realizou 20 oficinas voltadas para o enfrentamento ao racismo estrutural, engajando defensoras, defensores, servidoras e servidores.
Assessor para assuntos institucionais da DPGE/MS, defensor público Mateus Sutana.
Para o defensor público e assessor para assuntos institucionais, Mateus Augusto Sutana e Silva, o prêmio evidencia o compromisso da Defensoria com a promoção da igualdade e do respeito dentro da instituição.
“A Copead tem sido fundamental no combate à discriminação. Esta premiação reafirma nosso comprometimento com a equidade racial e a justiça social”, destacou.
A psicóloga do Nudem, Keila de Oliveira Antônio, uma das integrantes da comissão, explica que as oficinas são um espaço de debate e autocrítica, “no qual se promove uma reflexão sobre temas como racismo estrutural, meritocracia e o papel da branquitude”.
Psicóloga do Nudem, Keila de Oliveira Antônio.
Selo Esperança Garcia
Nomeado em homenagem a Esperança Garcia, mulher negra e escravizada que denunciava as situações de violência que ela, as companheiras e filhos sofriam numa fazenda de Algodões, no Piauí, no século XVIII. Ela é um símbolo de resistência e ousadia na luta por direitos e a primeira mulher negra a registrar uma petição por direitos no Brasil. O Selo foi criado para reconhecer projetos de defensorias públicas que promovem a igualdade racial e enfrentam o racismo institucional e social, uma iniciativa simbólica do compromisso das defensorias de todo o país com uma sociedade mais justa e inclusiva, especialmente durante o mês de novembro, dedicado à consciência negra.