Da esquerda para a direita: Raul Mondine, Valquíria Rédua, Renata Leal e Adriana Buytendorp
Texto: Vitor Ilis
A Defensoria Pública de MS e a Secretaria de Estado de Educação (SED) realizaram uma reunião, na tarde desta segunda-feira (02), para discutir a ampliação das ações de resolução de conflitos e suporte psicossocial nas escolas.
O encontro focou na colaboração entre as instituições para aprimorar o atendimento a alunas e alunos com dificuldades e assegurar um ambiente escolar mais inclusivo e seguro.
A gestora de projetos e convênios, defensora pública de 2ª instância Renata Gomes Bernardes Leal, representou a Defensoria e, na conversa, destacou a importância de uma aproximação colaborativa para enfrentar desafios educacionais e sociais.
“A Defensoria Pública pode e deve atuar de forma extrajudicial para alcançar aqueles que necessitam de atendimento jurídico antes de se instaurar um processo judicial. Dessa forma, com iniciativas como essa, podemos melhorar o atendimento ao assistido oferecendo suporte e auxílio em demandas que podem ir além da educação”, pontuou a gestora.
Além disso, a reunião reforçou a importância de estabelecer um canal direto de comunicação entre escolas e a Defensoria Pública. “Criar um canal direto com a Defensoria Pública pode facilitar o encaminhamento de casos específicos e melhorar a resposta a situações que exigem intervenção especializada”, disse a defensora Renata Leal.
A superintendente de Políticas Educacionais da SED, Adriana Buytendorp, ressaltou a relevância de fortalecer os laços institucionais. “ É um ponto necessário ampliar a nossa rede de apoio para diminuir a questão da violência na escola. Com essas medidas e a participação da Defensoria como parceira também diminuir o número de evasões e conseguir identificar o que motiva esses acontecimentos”.
Ainda durante o encontro, foi discutida a importância da Justiça Restaurativa, que desde 2012 tem promovido ações em escolas para resolver conflitos de forma pacífica. Segundo a gestora da Coordenadoria de Psicologia e Serviço Social Educacional, Valquíria Rédua, “o trabalho da Justiça Restaurativa nas escolas inclui facilitadores treinados que aplicam técnicas de resolução de conflitos, abordando questões como saúde mental e comportamento dos alunos.”
A Defensoria Pública e a Secretaria de Educação também trataram sobre a necessidade de ampliar a formação de facilitadores em municípios do interior, para garantir que mais escolas possam se beneficiar das ações de prevenção e resolução de conflitos. “Estamos ampliando a formação de facilitadores para os municípios, para que eles possam desenvolver e multiplicar as ações em suas localidades”, informou Rédua.
A reunião também contou com a participação do assessor jurídico Raul Saab Mondine.