Texto: Ellen Albuquerque
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, por intermédio do Núcleo dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca), e o Governo do Estado, realizaram na segunda-feira (19), o 1º Colóquio sobre Ações de Incentivo ao Aleitamento Materno.
O encontro, que fez alusão ao Agosto Dourado, reuniu profissionais da área da saúde e representantes de instituições.
O subdefensor Homero Medeiros, que na ocasião representou o defensor público-geral, Pedro Gasparini, falou sobre a importância de tratar de assuntos sensíveis e latentes na sociedade, como a amamentação.
“Este encontro confirma o empenho da Defensoria em trazer temas como o de incentivar o aleitamento materno, em uma iniciativa que convida profissionais da saúde e representantes de instituições públicas e privadas a refletir sobre um assunto que está vivo na nossa sociedade. A Escola Superior é o espaço apropriado para oferecer educação e promover um debate aberto com a população”.
A coordenadora do Nudeca, defensora pública Débora Paulino, explicou sobre a necessidade de ter essa troca de experiências com especialistas e compartilhar as informações com a sociedade.
“Esta é uma pauta que está nas nossas prioridades. O direito à alimentação saudável é um direito humano de crianças e adolescentes, e o leite materno é o melhor alimento que se pode ter. Precisamos estimular, debater e entender quais são as necessidades das mães para que o aleitamento aconteça e, nada melhor, do que obter conhecimento técnico de especialistas com vivência na área e difundir isso com o público”.
Na abertura do evento, o diretor da ESDP, Igor César de Manzano Linjardi, deu as boas-vindas aos participantes.
Especialistas
Na palestra, a nutricionista e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Osvaldinete Lopes Silva, ressaltou as situações que dificultam o acesso de algumas mães para conseguir amamentar no tempo recomendado.
“O tema do Agosto Dourado deste ano é sobre desigualdades sociais que interferem no acesso ao direito de amamentar e na falta de apoio à amamentação. Todos nós somos responsáveis por dar este amparo e reduzir as desigualdades para que a mãe consiga ter essa troca com o seu bebê”.
O médico coordenador da Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Sofia Feldman, Edson Borges de Souza, apresentou evidências científicas nos cuidados com a mãe e o recém-nascido e o ato de amamentar.
“A condição de aleitar começa antes do trabalho de parto. Sabemos que as situações vividas no parto comprometem as condições desta mulher amamentar seu bebê após o nascimento. O hospital que quer valorizar o aleitamento precisa cuidar muito bem dessa gestante, com cuidados que fazem parte das normativas médicas”.
A mesa de autoridades foi composta pela chefe de gabinete da SES, representando a secretaria adjunta, Edelma Peixoto Tibúrcio; a defensora pública federal Daniele Osório; a promotora de Justiça, representando o Ministério Público Estadual, Daniela Costa; a secretária adjunta de educação de Campo Grande, Maria Lúcia Oliveira; e a subsecretária municipal de Defesa dos Direitos Humanos de Campo Grande, Priscila Justi.