Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, por meio do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), realizou uma roda de conversa na quarta-feira (12) no Memorial da Cultura Indígena, que fica na Aldeia Urbana Marçal de Souza, em Campo Grande.
De acordo com a coordenadora do Nudem, defensora pública de Segunda Instância, Zeliana Luzia Delarissa Sabala, a conversa foi estratégica e abordou temas como: o ciclo da violência; direitos das mulheres; as formas de acesso a esses direitos por meio da rede de atendimento; e a importância do conhecimento e a busca desses direitos.
“A educação em direitos é a maneira mais efetiva de transferir conhecimento e empoderar todas as pessoas. Especificamente quanto às mulheres indígenas, a roda de conversa trouxe informações acerca do direito à convivência familiar respeitosa, acerca do direito à cirurgia de laqueadura, independentemente da autorização de qualquer familiar ou do tipo de parto escolhido pela mulher, e, principalmente, acerca do direito de ter registrado na certidão do nascituro que se trata de pessoa Indígena e da etnia de sua origem”, destacou.
A assistente social do Nudem, Elaine de Oliveira França, se surpreendeu com a participação de todas e todos.
“Muitas mulheres desejam romper o ciclo da violência, mas têm dificuldades porque se sentem isoladas da rede de proteção. As mulheres indígenas precisam se apropriar dos direitos conquistados e garantidos. Hoje a roda foi bem proveitosa, com muitas perguntas e participação”, ponderou.
A roda de conversa fez parte da programação do mês dos Povos Indígenas e do mutirão de atendimento com a Van dos Direitos coordenado pelo Nupiir.
Confira AQUI como foi o mutirão na Aldeia Urbana Marçal de Souza.