Texto: Guilherme Henri
O mutirão inédito realizado pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, no dia 15 de julho, sobre fraudes bancárias, a maioria buscou atendimento referentes a empréstimos consignados.
A ação realizada teve o balanço divulgado, nessa semana, pelo Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos do Consumidor e demais Matérias Cíveis Residuais (Nuccon).
Conforme o coordenador do núcleo, defensor público Carlos Eduardo Oliveira de Souza, no total foram atendidas 56 assistidas e assistidos que foram vítimas de golpes ou fraudes.
“Dos casos atendidos, 53,33% foram referentes a empréstimos consignados e cartão RMC não reconhecidos; 22,22% de fraudes em transações PIX; 11,11% de transações de cartão de crédito; e 13,33% de outros casos”, detalhou o coordenador.
Vale destacar que a maioria das vítimas destes golpes são pessoas idosas.
Análise
Para o defensor público, em relação aos consignados existe a necessidade da criação de mecanismos de segurança por parte das financeiras e bancos.
“Especialmente no momento em que é feita a conferência de assinatura ou da questão da biometria. Além disso, seria interessante vincular o agente que é representante, ou mesmo correspondente bancário, a operação para que assim haja um maior controle e rigor no momento de fazer essas concessões, e não apenas a apresentação de documentos e em seguida a liberação do crédito”, pontuou.
Além disso, o coordenador destacou que “já em relação a fraude PIX e o cartão de crédito, notamos que falta realmente um pouco mais de atenção do consumidor. Isso, porque, às vezes a oferta que é apresentada para a assistida ou assistido é tentadora demais e, na busca de realizar uma boa compra, o consumidor deixa de prestar a atenção em detalhes que certamente seriam determinantes para que ele não caísse em nenhum golpe”, conclui.
Mutirão
O Núcleo de Defesa do Consumidor tem o atendimento regular destes casos, mas esta é a primeira vez que realiza tal assistência em ritmo de mutirão, especificamente na temática de fraudes bancárias para que, além de medidas preventivas, sejam realizadas medidas repressivas contra instituições que têm facilitado essa prática.