Texto: Guilherme Henri
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou na quarta-feira (07), atendimento individual para assistidas e assistidos que residem nos três blocos inacabados do Residencial Atenas, localizado na Mata do Jacinto, na Capital, que foi alvo de uma mega operação policial.
A força tarefa foi desempenhada entre os Núcleos do Consumidor, Direitos Humanos, Fazenda Pública e Criminal, que são respectivamente coordenados pelo defensor público Carlos Eduardo Oliveira, defensora pública Thaísa Raquel Defante, defensora pública Regina Celina Magro e defensor público Daniel Calems.
“A Defensoria já tomou as medidas administrativas cabíveis no que diz respeito em assegurar os direitos das moradoras e moradores. Além disso, o objetivo deste atendimento foi o de realizar ouvir as assistidas e assistidos sobre como procedeu toda a operação, realizar as devidas orientações e também juntar a documentação referente ao fornecimento de energia para que, se necessário tomemos as medidas judiciais cabíveis”, pontua o coordenador do Nuccon.
Desde o dia da operação, a instituição já realizou duas visitas técnicas no local com o objetivo de levantar informações sobre a legalidade da ação e as reais condições dos moradores.
“A operação tinha caráter estritamente criminal, mas os desdobramentos afetaram a dignidade já fragilizada das famílias, desde a suspensão dos serviços essenciais até o tratamento de saúde. É certo que há necessidade de melhoria na estrutura do local, mas a vistoria foi genérica e ensejou a suspensão de energia de unidades consumidoras regulares”, revelou a coordenadora do Nudedh.
A operação foi realizada no dia 06. As ruas ao entorno do condomínio foram fechadas pela manhã. Estavam no local antes das 6h da manhã, 321 agentes da polícia, perícia, assistência social, bombeiros e até um helicóptero. Foram 12 pessoas presas, entre elas duas mulheres. Além disso, um adolescente foi apreendido.