Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, por meio do Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), identificou que o município de Campo Grande está diante de uma possível situação de emergência em saúde - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) -, o que resultou em aumento nas ações por leitos pediátricos.
Os sintomas desta síndrome gripal evoluem com comprometimento da função respiratória e levam à necessidade de internação hospitalar.
De acordo com o NAS, esta situação tem acometido principalmente crianças menores de cinco anos de idade, e com maior gravidade as menores de dois anos. O cenário tem levado ao esgotamento da capacidade de leitos hospitalares pediátricos clínicos e de UTI (inclusive os recentemente implementados), o que fez com que a Defensoria ajuizasse várias ações individuais em busca deste tipo de leito no mês de março de 2023.
Esta situação também tem sido monitorada pela Defensoria Pública sob o aspecto coletivo, por meio de reuniões junto aos gestores municipais e estaduais na busca de ampliação da oferta de leitos pediátricos que possam atender a demanda, não só de forma emergencial, mas também de forma efetiva na implementação de leitos definitivos.
Segundo a coordenadora do NAS, defensora pública Eni Diniz, o que preocupa a instituição é o fato de que ainda não se iniciou o período de sazonalidade das síndromes gripais.
"O período de sazonalidade vai de maio a setembro de cada ano, ciclo em que são mais comuns as ocorrências de tais síndromes em razão da manutenção de espaços fechados por causa do frio, e a tendência é que os índices aumentem ainda mais quando tal período se avizinhar", pontua a coordenadora.
Na última segunda-feira (3) foi ativado o Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES) do município e estado, instituído pela Secretaria Estadual de Saúde, mediante publicação da Resolução Nº 12/SES/MS, publicado no DOE.