Defensora pública-geral, coordenadoras do Nudem e Nudeca e servidoras no evento sobre Pobreza Menstrual.
Danielle Valentim
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem) e Núcleo de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca), realizou o Seminário “Enfrentar a pobreza menstrual: Uma pauta para a igualdade no mundo”. A capacitação faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
O evento, direcionado principalmente a instituições públicas e privadas que atendem meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade, aconteceu na Escola Superior da Defensoria Pública, onde as participantes foram recebidas pela defensora pública-geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira.
Coordenadora do Nudem, defensora Thais Dominato; defensora pública-geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira; e o diretor da ESDP, defensor Igor Linjardi.
“Não bastasse a ausência de políticas públicas, há carência de informação em relação a esta temática. Como que hoje, em 2022, nós ainda vemos moças com receio de usar absorvente interno, para não perder a virgindade? As coisas pioram quando falamos em coletor menstrual. É tanto desconhecimento que, ainda hoje, existem pessoas que acreditam que a distribuição de absorventes às mulheres hipervulneráveis seja desnecessário”, pontuou a defensora-geral.
A coordenadora do Nudeca, defensora pública Débora Paulino, reiterou que a pobreza menstrual é considerada uma violação aos direitos humanos. “É uma pauta que nos preocupa bastante. Nós temos casos de adolescentes que perdem até 45 dias do ano letivo por causa da pobreza menstrual”, frisou a coordenadora do Nudeca.
Em sua fala, a coordenadora do Nudem, defensora pública Thais Dominato, detalhou o conjunto de fatores ligados à temática.
“Falar da pobreza menstrual é mais que falar de absorvente. É falta de saneamento básico, de informação, de um conjunto de fatores sociais que trazem adversidades a quem menstrua. As campanhas de arrecadação de produtos de higiene são legítimas e justificáveis, mas queremos ir um passo a mais. É preciso ter política pública para que não se perpetue a desigualdade”, ponderou a coordenadora do Nudem.
Autoridades que compuseram a mesa do seminário.
A mesa foi composta pela defensora pública-geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira; pelo diretor da ESDP, defensor público Igor Linjardi; pela coordenadora do Nudem, defensora pública Thais Dominato; e pela coordenadora do Nudeca, defensora pública Débora Paulino.
Participaram, a gerente técnica da saúde da mulher, Francielly Rosiani, representando o secretário de Estado de Saúde, Flávio Neto; a secretária adjunta de educação do município, Alélis Gomes, representando o secretário de saúde do município, Sandro Benitez; a subsecretária estadual de políticas públicas para mulheres, Rosana Fernandes Leal; a subsecretária de políticas para a mulher do município, Carla Stephanini; a diretora de assistência penitenciária da Agepen, Elaine Arima Xavier Castro; a coordenadora de medidas socioeducativas da secretária de assistência social do município, Simone de Moura Grisólia; a presidente do conselho estadual dos direitos da mulher, Bianca Knorst; e a presidente do conselho estadual da criança e do adolescente, Paola Nogueira Lopes Evangelista.